NOEMI GONTIJO













Por Flávia Freitas (comunicacao.se@terra.com.br)

O Salão do Encontro completou 40 anos em outubro deste ano. Para comemorar a data especial do projeto social situado em Betim-MG, em parceria com a Assessoria de Imprensa da ONG, temos a satisfação de publicar uma entrevista exclusiva com a professora, fundadora e presidente da Organização, Dona Noemi Gontijo.

Flávia Freitas – Junto com o seu grande amigo Frei Stanislau Bartold a senhora fundou o Salão do Encontro em 1970. Qual o sentimento de ver a obra social completando 40 anos?

Dona Noemi Gontijo – O Salão do Encontro é a minha realização, é o projeto para ajudar as pessoas, não com o paliativo, mas sim oferecendo o caminho para que elas mesmas descubram o potencial que têm. Quem faz o Salão do Encontro são as pessoas que começaram aqui crianças, que com o apoio multiplicaram o conhecimento para levar adiante as belezas do artesanato e a qualidade dos programas sociais. Desde o início, a instituição presta assistência para as pessoas menos favorecidas de Betim, oferecendo educação de qualidade para as crianças e adolescentes, geração de trabalho e renda para adultos, idosos e pessoas com deficiência.

Flávia Freitas - A senhora dedica a vida em benefício dos mais necessitados. Qual a origem da sua essência humanista?

Dona Noemi Gontijo – Sempre gosto de contar a história da minha avó. Ela sempre falava comigo: “Gosta sempre do pobre que ninguém gosta dele”. Eu carrego esse sentimento para a minha vida. Todos que me procuram, tendo a oportunidade, eu ajudo. No Salão do Encontro não tem currículo, o papel não significa nada, para mim o importante é o caráter, a pessoa é o seu próprio currículo. Eu olho é o que a pessoa tem de potencial, o que podemos despertar nela e ver a melhora e desenvolvimento de cada um.

Flávia Freitas – Durante os 40 anos da fundação, a senhora contou com a ajuda de vários amigos e parceiros. A colaboração deles foi essencial para o desenvolvimento da obra social?

Dona Noemi Gontijo – A gente não faz nada sozinho. No início eu precisava de um terreno e tive a alegria de receber da Dona Risoleta Neves, na época esposa do Governador Tancredo Neves, oito hectares para começar as atividades. Ela acreditou na gente e confiou na obra social. Até hoje eu considero Dona Risoleta Neves e toda a família como meus grandes amigos. Além deles, outros amigos e parceiros ajudam o Salão do Encontro. Aproveito a oportunidade para agradecer a cada um deles, sou muitíssimo grata a todos.